domingo, 12 de junho de 2011

[PERFORMANCE] 0-100 de Chevy Celta

Por incrível que pareça, fiz a prova de 0-100 no Celta VHCE 2010 de minha propriedade na casa dos 11s baixos, monstruoso!
Lembrando sempre que a unica alteração no meu carro é o filtro de ar esportivo!

Quebrei meu próprio recorde que era de 12,4s, abaixando em torno de 1s o tempo...rodando no etanol com a luz da reserva acesa!

Em breve, mais informações e um vídeo!

sábado, 4 de junho de 2011

[V8 FTW] O dia em que uma Dakota enfernizou a vida de uma SLK 55 AMG

Mais um episódio com o famigerado Belt's: desta vez, nossa coadjuvante foi uma Dodge Dakota R/T CE 5.2 V8 '01, conservadíssima, impossível de se dizer que se trata de um carro de dez anos de uso. O psicopata automobilístico veio a minha cidade com a picape, a qual apelidamos carinhosamente de "Jaca" e, lá pelos idos da meia noite de sexta para sábado, decidimos descer à praia para curtir um pouco a serra com a Dodge.



Sobre o carro: a picape de médio porte possui um motor  longitudinal, 8 cilindros em V a 90°; bloco e cabeçote de ferro fundido; comando no bloco, 2 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 99,3 x 84,1 mm. Cilindrada: 5.218 cm3. Taxa de compressão: 8,9:1. Potência máxima: 232 cv a 4.400 rpm. Torque máximo: 41,6 m.kgf a 3.200 rpm. Injeção multiponto seqüencial. UFA! Faz um belo de um estrago, mesmo se considerarmos a massa do veículo, que chega bem próxima das duas toneladas. Este motor é, em princípio, o mesmo 318" utilizado nos Dodjões antigos, apenas com algumas modificações para modernizá-lo. Toda essa usina de força é conectada às rodas traseiras através de uma transmissão automática de 4 velocidades (do tipo 3+1overdrive) com alavanca na coluna de direção. Partindo da imobilidade, a Jaca chega aos 100km/h em pouco mais de 8s, o que é muito rápido, e atinge 190km/h de velocidade máxima, limitada eletronicamente. É um muscle car com caçamba. Para quem não acredita, segue vídeo com 0-100 dela.










O carro está inteiramente original, com exceção do upgrade feito nos faróis dianteiros, por modelos importados e mais eficientes, já com Xenon integrado.


Bom, falemos da trip. Meia noite, montamos no bode rumo a "Bertijoga". Estrada livre, com ressalva feita para algumas almas penadas dirigindo isoladamente com sua mediocridade rumo à praia: cenário perfeito para a Jaca entrar em ação e mostrar seu rebolado! Faço questão de elogiar a tocada do Belt's, uma vez que sua pilotagem nesta ocasião foi exemplar, digna de nota. Quem conhece a rodovia Mogi-Bertioga e já cumpriu o traçado a bordo de uma picape potente de tração traseira sabe do que se trata: é coisa pra cabra-macho. A despeito das quase duas toneladas e dos pneus de uso misto -sem esquecer do centro de gravidade nas alturas- Belt's manejou o carro como se fosse um sport compact, fazendo as curvas em alta velocidade e sem sair dos trilhos. Confesso que é algo um tanto assustador contornar o traçado desta rodovia numa picape de forma rápida, mas é algo "acostumável".



Chegamos ao litoral numa velocidade um tanto outlaw. Não tínhamos intenção de descer à praia nem parar para fazer nada, então decidimos voltar, para curtir a subida de serra, que prometia diversão. Sem pudor nenhum, Belt's realizou uma manobra obscenamente power: encostou a jaca cuidadosamente no acostamento, esterçou toda a direção para o lado esquerdo, selecionou a posição drive na alavanca de câmbio e pisou fundo. Eu me senti dentro de um liquidificador de couro e plástico enquanto a R/T fazia uma perfeita conversão de 180º fritando os largos pneus no asfalto de forma brutal! Simplesmente FODA!


Começa a escalada: logo no início, aparece um corno com um Gol GV 1.6 na nossa cola, "apertando" para ultrapassar. Coitado, mal sabia com quem estava mexendo: Belt´s tira o pé e encosta um pouco para a direita, para o virgem emparelhar, e lhe serve um belo kick down de acelerador: duas marchas reduzidas de uma só vez e um belo salto da Jaca gigante faz o Golzinho comer poeira, repetidas vezes. Essa foi a única visão que ele teve da Jaca:


(nice ass baby... wanna f*ck?)

Pouco após esta humilhação da qual fomos algozes, subíamos a serra, calmos e tranquilos, quando surge uma luz azulada no retrovisor, em posição bem baixa, tentando forçar uma ultrapassagem por fora da curva. "Muitcho lóki", ele não vai conseguir, obviamente...V8 318", mais um kick down e lá vamos nós: uma pequena sequência de curvas vencida sem que o carrinho conseguisse nos ultrapassar, por mais que tentasse.
Eis que, numa reta, o motor dele falou mais alto: encostamos à direita e ele passou acelerando forte com um ronco borbulhante de V8 no escape. Ao que o carro passa, eu e Belt's gritamos histericamente em uníssono: "AAAA EEEEMEEEE GÊÊÊ!!!!!CARAAAAAALHOOOOOO!!!!!" Ahn?! Isso significa que os dois idiotas acabaram de dar trabalho para uma Mercedes-Benz SLK 55AMG V8, beeem forte...e dar trabalho para um monstrinho desses significa que a Jaca merece um prêmio! Sensação melhor que essa, de picape dando trabalho para esportivos famosos, só se fosse de carro 1.0... foi algo realmente espantoso!

Como nem tudo são flores, problemas de percurso já atingiram nossa querida Jaca: ela caiu, certa feita, numa vala funda oculta pela lama num dia chuvoso em estrada de terra, mera fatalidade que rendeu pequeno prejuízo ao Belt's. Acontece...








[SLK 350] The rise and fall of manolos na Mercedes.

Sexta feira, passa pouco das 10h da manhã. Ligo para meu grande amigo Belt's, perguntando o que ele faria durante a tarde, já que eu estaria em SumPaulo sem nada para fazer. Belt's me convida para ir ao Detran fazer vistoria na Mercedes-Benz SLK 350 '05 recém adquirida por seu progenitor e, obviamente, topo na hora. Não é todo dia que um amigo lhe convida para andar numa máquina que acelera de 0 a 100km/h em ultrajantes 5,4s e atinge 258km/h de final LIMITADA ELETRONICAMENTE. FFFFFUUUUUUUU!






Nos encontramos no piso G1 de um shopping center na zona sul da capital paulista e a ansiedade tomava conta de mim. Ouço um agradável ronronar subindo a rampa do estacionamento e logo sei que é a Flecha de Prata chegando ao meu encontro: um roadster super baixo, de capô (muito) comprido e assentos próximos ao eixo traseiro. O carro é um conversível de teto rígido, que se assemelha a um belo cupê quando fechado. Ao entrar no carro -tarefa que exige um pouco de preparo físico devido à reduzida altura em relação ao chão- os bancos de couro com aquecimento até para a nuca e regulagens elétricas nos acomodam muito bem, de forma justa. Numa regulagem mais "correta", com os bancos bem baixos, as pernas ficam quase paralelas ao assoalho, deixando o centro de gravidade baixíssimo. O nível de acabamento do carro é de primeiríssima linha, como se espera de um legítimo Mercedes.



Bom, sem mais delongas, sento no banco do carona e partimos rumo ao DETRAN-SP. O tráfego intenso de veículos fez questão de refrear nossos ímpetos outlaw street-racing. Porém, a cada brexinha e espaço para acelerar, o psicopata do Belt's pisava sem dó nem piedade, ao que o mal educado V6 24v de 272cv e 35,7mkgf de torque conectado às rodas traseiras por uma caixa automática G-tronic de nada menos que SEEETEE marchas respondia violentamente, sem demonstrar piedade dos pneus. A aceleração é tão brutal que após um kick down feito com vontade o carro simplesmente se apoia nas rodas traseiras, afundando a carroceria e nos fazendo literalmente colar nos bancos. Fenomenal. O carro tem ainda uma aderência fantástica, auxiliada pelo controle de tração de funcionamento discretíssimo e pelos excelentes pneus em rodas largas de aro 17". A soma de tudo isso se traduz numa analogia ao Dr. Jekyll se transformando em Mr. Hyde num piscar de olhos, com um desempenho brutal. Não tivemos a oportunidade de avaliar o carro em curvas, mas pela distribuição de peso e qualidade do conjunto de rodas/pneus já é possível esperar resultados avassaladores.



Na volta, com pista mais livre, abaixamos a capota e fomos curtir mais algumas aceleradas fortes. Já na hora de ir embora, o rádio se desliga sozinho, recusando-se a voltar ao trabalho. Em seguida, o carro fica um pouco manco, fraco; como se não bastasse, o tacômetro e o velocímetro simplesmente travam e o computador de bordo avisa que, um a um, os controles eletrônicos iam saindo de operação. ASR, BAS, ESP, airbags, tudo. Meldels.

O carro para de vez numa esquina, sem esboçar reações. Bateria totalmente descarregada -o que é incrível, pois havia sido trocada na quinta feira- e, por sorte, aparece um rapaz da Porto Seguro com uma Frontier da empresa, que nos acudiu. Seu equipamento logo deu o diagnóstico: alternador inoperante. Deu uma carga na bateria, mas nos avisou que provavelmente não seria possível chegarmos em casa. FFFFUUUUUUU [2]

Seguimos caminho sem usar absolutamente nada que puxasse corrente, para poupar a bateria somente para o motor. Eis que, num semáforo em uma pequena subida, o carro fica cada vez mais fraco, dá uns trancos na transmissão e se recusa a prosseguir. "Belt's, vou empurrar a jabulani, se não a gente não sai daqui", eu disse. Pulei da Meca, todo arrumadão, e resolvi empurrar, sendo quase "ovo-acionado" pelos espectadores, que gritavam palavras de desestímulo. FAIL total para nós 3. Com muita dificuldade e suor, empurrei a criança de aproximadamente uma tonelada e meia rua acima; ao contrário dos casos em que se vê nas ruas, não era empurrar, dar tranco, o motorista faz o carro ligar e logo espera o ajudante para que este entre no carro. Nós não podíamos parar a SLK, tínhamos que aproveitar o impulso e a descida, logo eu tinha duas opções: sair correndo atrás do carro que nem um idiota, ou a mais imbecil de todas: abrir a porta e pular no carro em movimento.


Com o carro parado, já existe uma óbvia dificuldade de se entrar nele devido a altura. Agora, com o carro andando, o problema crescia exponencialmente! Consegui entrar no carro com um pouco de dificuldade, mas tudo correu bem. Para piorar nossa situação, já não tínhamos mais o apoio do servo-freio nem da direção hidráulica. "O baguio tava doido". Após mais outra sessão de empurroterapia, conseguimos chegar à rua onde o Belt's mora e decidimos encostar o carro para fazer uma chupeta e tentar colocá-lo na garagem do prédio, onde estaria seguro, já que a capota não fechava. Eu empurrando o carro pela traseira e Belt's pela lateral, operando a dura direção. O cockpit fica rente ao eixo traseiro. Ao empurrar, devido a essa proximidade, a roda traseira esquerda simplesmente resolveu atropelar o pé do meu caro amigo, ao que este grita "PUXA O CARRO PRA TRÁS, PUXA PA TRÁS, PUXA PRA TRÁS!". Eu, assustado e sem entender, corri para ver o que acontecia e me deparo com seu pé inteiro torcido debaixo de uma das rodas do carro. Puxei imediatamente o carro para trás, imaginando que o coitado havia partido os ossos do pé e do tornozelo. Graças à Buda, não aconteceu nada demais, foi só um susto sem grandes consequências.

Chupeta feita, carro dentro da garagem. Ainda precisaríamos descer um piso do estacionamento com o carro, na base do muque. Assim fizemos: manobramos o carro e o estacionamos em sua respectiva vaga, tudo via empurrão.

Muita gente diria que me meti numa roubada, ao que eu discordo. Apesar da frustração e do mico de empurrar-se um carro desse naipe, foi algo bem engraçado! E tem outra, bons amigos não acompanham os seus grandes irmãos só nas horas boas; o que realmente mostra a integridade de uma pessoa é o apoio dado aos amigos na horas difíceis, sem pestanejar. Isso sem citar todo o prazer que tivemos ao rodar com o carro durante a tarde, com olhares femininos nos fuzilando pelas ruas e muitos marmanjos babando. Foi divertidíssimo. E digo mais: faria tudo outra vez! Afinal, tanto passar bons momentos como perrengues com os amigos é algo que não se põe preço!

                                         (Belt's e o autor deste blog, andando de Dakota R/T)

Aqui vai um grande abraço ao Belt's e seu pai, que estão de parabéns pelo brinquedão adquirido (com alternador novo em breve)! Ride hard!